sexta-feira, 6 de abril de 2012


O Turismo Como Alternativa Para o    

Desenvolvimento    Econômico


Muitas cidades brasileiras, antes focadas na agricultura e na indústria, hoje dependem de serviços de turismo – seja ele religioso, de saúde, negócios, lazer e outras formas - para sobreviver e prosperar.

 Há casos em que a industrialização tem sido evitada, uma vez que a sustentabilidade impõe restrições a atividades que provocam poluição ou comprometem o uso do espaço.

 No mundo inteiro, as receitas produzidas pelo turismo representam valores inestimáveis para a balança de pagamentos de um país, ou mesmo para um município. Quando um turista visita uma cidade, ele consome uma série enorme de serviços, como alimentação, hospedagem e entretenimento, além de realizar compras que movimentam o comércio local. 

 

E os estabelecimentos que prestam serviços ao turista recolhem, sob a forma de  impostos diretos ou indiretos,  valores apreciáveis que engordam a arrecadação de uma cidade.  O turismo, chamada indústria limpa, que não polui, provoca o aumento do lixo, em momentos de maior afluxo de pessoas. Mas as receitas obtidas nos hotéis, restaurantes, lojas e no setor de entretenimento costumam ser compensadoras, tanto financeiramente, para os detentores do capital, quanto para os trabalhadores, com a geração de empregos.

 

O momento da profissionalização

 

Um turista está sempre em busca de benefícios: não é apenas o que o lugar oferece, por exemplo, em termos de beleza natural. Devemos sempre considerar o que ele espera receber em contrapartida ao investimento que ele realiza: é o que denominamos valor percebido pelo turista. Isso implica dizer que o ônus da aquisição do serviço de turismo não pode superar o bônus da satisfação que o lugar proporciona. Aqui começam as atividades profissionais de marketing de turismo: é preciso conhecer em detalhes o que o turista deseja, o que ele espera do destino que escolheu.

 

A satisfação do turista deve ser a grande meta de qualquer cidade ou destino turístico. Sem o turista de cura e o turista do jogo, ficou difícil, para muitas cidades buscar um novo DNA para sobreviverem.

Algumas buscaram intensamente outras formas de sobrevivência. Uma grande maioria foi tentar a industrialização, sobretudo baseada no artesanato variado, como em couro, cerâmica, porcelana, madeira  ou vestuário, para resgatar um fluxo turístico mínimo para  evitar o declínio acentuado na sua capacidade de gerar caixa e manter em níveis adequados a economia local e a oferta de empregos.

No nordeste, o turismo sexual foi a saída encontrada por algumas cidades para atrair turistas, principalmente do exterior: além de condenável, tem sido uma prática extremamente inadequada que compromete a imagem do país.

Há um fato comum nessas cidades:  pode-se dizer que quase todos os destinos turísticos brasileiros passaram a sediar além de eventos de negócios, também aqueles religiosos, de negócios, congressos e diversos festivais.

A criatividade para atrair o turista foi intensamente posta à prova com festivais: cinema, literatura, gastronomia, teatro, musica clássica e popular e uma série de outros eventos.

Pesquisa


Ainda falta a muitas cidades uma adequada estrutura de marketing para descobrir o que turista quer e espera receber para, a partir daí, desenvolver com eficácia uma oferta sedutora de serviços.
Isso implica investimento em pesquisa de mercado, para identificar o público alvo adequado, segmentando a oferta de produtos em conformidade com a expectativa de consumo.

Porém, só isto não basta: é preciso também posicionar o produto turístico na mente do consumidor. Seja por meio da comunicação tradicional, como revistas, jornais de turismo e televisão; seja por meio das redes sociais.  A criação de pagina no Facebook e manutenção do twiter são atividades nem sempre fáceis, além de exigir muitos cuidados e atenção.

Construir uma imagem leva muitos anos. Portanto, é preciso zelar para que a imagem da cidade não fique arranhada por algum acidente ou incidente. O esforço de construção de uma imagem deve ser diuturno e precisa envolver as comunidades sociais, empresariais e entidades em geral. Todos os eventos que ali se realizam contam pontos, na somatória da imagem do lugar.

De tanto ouvir falar, ver ou ler, o turista vai construindo em sua mente uma visualização do que tem para ver nesse lugar e que nem sempre corresponde à realidade.  E assim, quando o imaginado não bate com o real, surge uma frustração. Ao mesmo tempo, é sempre bom deixar um gostinho de quero mais...  para que ele volte.

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